quinta-feira, 27 de março de 2008

Abram a porta ao meu pai


Abram a porta ao meu pai



Em 1990, a autora, Ilsa Lima Monteiro, mostra como Ique, a personagem principal, lida com o mau relacionamento dos pais, como tenta alhear-se e fugir ao sofrimento. Mostra, igualmente, como a dor se sobrepõe e as consequências da separação dos pais na vida de Ique.

Ansiedade, angústia, medo do abandono , incerteza acerca do que ouvia, dúvida sobre onde residia a verdade...um tumulto de sentimentos desordenados, avassaladores, que levavam Ique a fechar-se em si, procurando , simbolicamente, fechar-se na casa de banho.
Tanto sofrimento, dá que pensar!

HISTÓRIAS DOCES DE MISSANGAS


HISTÓRIAS DOCES DE MISSANGAS


Maria do Céu Nogueira escreveu as sete histórias de fácil leitura, aqui reunidas.
"Histórias Doces de Missangas" testemunham o gosto pela escrita de alguém que observa e ama as coisas simples da vida .

Mais Ninguém Tem


Mais Ninguém Tem
de Inês Pedrosa
Bruno e Margarida são dois meninos corajosos, dispostos a correrem o risco de serem diferentes.

Margarida quebra o mealheiro e parte em busca de uns sapatos azuis, diferentes dos de toda a gente.

Bruno usa , nas orelhas, umas lãs muito divertidas que " mais ninguém tem", mas quer um chapéu " Castanho-avelã, macio como veludo, rijo como uma estátua, leve como uma pena. havia de voar e voltar para a cabeça dele sempre que fosse preciso."

quarta-feira, 26 de março de 2008

Tamanho Grande


Tamanho Grande


Jorge Colombo oferece ao leitor a imagem perfeita do menino pequenino, que parte do seu cantinho, onde tudo parece concebido à sua medida, para uma longínqua América , onde tudo é demasiado grande.

O menino tempera o desconforto da estadia na América com o optimismo inocente de criança. E, no regresso, transporta na sua imaginação sem limites, imagens transbordantes de fantasia.

Já os pais, cada um à sua maneira, embrulham o estudo Universitário e o sonho, em papéis bem distintos, atados com fitas de solidão e saudade, que os tornam diferentes e cada vez menos próximos.

Diário de Anne Frank


Diário de Anne Frank


Anne, nascida no seio de uma família judaica, refugiou-se na Holanda para, com a família, fugir às perseguições nazis.

Veio a morrer no campo de concentração de Bergen-Belsen, depois de ter vivido tempos de terror.

Com toda a sua perspicácia de adolescente, foi escrevendo o diário que acabou por ser encontrado mais tarde, perdido entre os parcos haveres deixados para trás pela família, quando foi descoberta no seu escoderijo.

Anne escreve o seu diário, dirigindo-se sempre a Kitty, numa linguagem clara e densa de imagens e pormenores de uma vida de medo e privações, em contraste com a que havia conhecido em tempo de paz, na sua primeira infância.

O diário de Anne foi traduzido e prefaciado por Ilse Losa, para quem a realidade nele descrita não era estranha.

O diário secreto de Adrian Mole aos 13 anos e 3/4


O diário secreto de Adrian Mole aos 13 anos e 3/4



O primeiro de uma série de quatro livros, escrito por Sue Townsend, faz da personagem Adrian Mole, um símbolo dos adolescentes da década de 80 e põe em evidência o comportamento pouco flexível de pais, professores e da sociedade em geral.


Foi um sucesso.


A mesma autora, dando sequência ao percurso de vida de Adrian Mole, escreve mais três volumes:

" Adrian Mole na crise da adolescência", que começa quando a personagem tem quinze anos.















" As Confissões de Adrian Mole & C.ª", que o acompanha desde os 16 anos e 3/4 e, finalmente,



" Os anos amargos de Adrian Mole", que nos permitem conhecer os seus problemas pelos 23 anos e 3/4 de idade.




Para os apreciadores de "diários" , aqui fica uma interessante sugestão de leitura.
A sua autora, assistente social, é também autora de peças teatrais .

O Rapaz Do Rio


O RAPAZ DO RIO



Escrito por Tim Bowler, O Rapaz do Rio, está disponível numa tradução da Editorial Presença.

Apesar do título, a história tem início em torno de uma relação de grande proximidade entre Jess e o seu avô.

O avô, muito dedicado à pintura, sentindo o fim aproximar-se queria também terminar o último quadro, O Rapaz do Rio. Jess, entusiasmada com a natação, pouco percebia da pressa demonstrada pela avô.

Certa manhã, porém, Jess "Interrompeu a braçada e parou, caminhando na água, e procurou o avô. Ali estava , ainda em pé junto à ponta onde a piscina tinha pé, a observar as crianças; tudo como antes. Apenas aborrecido. Ele viu-a e levantou a mão para acenar.


Em seguida, para horror dela, levou a mão ao coração e caiu na piscina com um estrondo.


No hospital, conseguiram retê-lo durante três dias."


Com a morte do avô, depois daquele Verão, Jess tornou-se uma pessoa diferente. Ler o livro é acompanhar Jess na sua dor e descobrir como conseguiu superar a perda do avô que tão querido lhe era.

Este livro mereceu o prémio Carnigie Medal, em 1998.

O Rapaz de Louredo


O Rapaz de Louredo


Prémio de Literatura Infantil Associação Portuguesa de Escritores, O Rapaz de Louredo aponta a possibilidade de leituras em duas perspectivas divergentes: a do leitor, cujas origens são próximas da realidade retratada na obra e a do leitor que não teve a oportunidade de experimentar idênticos percursos de vida.

Ao primeiro, reserva momentos de emoção e a possibilidade de construir um processo de identificação com a personagem principal.

Ao leitor, cujas raízes não o transportam para o mundo da ruralidade, descrito com amor e carinho nesta obra, o livro proporciona um mundo de interessantes descobertas.

A todos os leitores, como Matilde Rosa Araújo sublinhou, "...a coragem existe. Ouve quem a chama: e a vida lê-se e constrói-se." E, esta é razão mais que suficiente para, em tempo de tanto desânimo, os nossos jovens lerem "O Rapaz de Louredo".

Diário de Sofia & Cª ( aos 15 anos)


Diário de Sofia & Cª ( aos 15 anos)


Este livro, da autoria de Luísa Ducla Soares, de características atemporais, agrada certamente a todas as jovens que, numa ou noutra passagem, se identificam com a protagonista ou seus amigos.

O Expositor


O Expositor


Ilse Losa transporta-nos, sem rodeios, até ao mundo do pequeno Miguel que cultiva um talento, que persegue um sonho.

Uma obra de leitura muito fácil e muito pedagógica. Na verdade, Miguel não tinha recursos materiais para poder fazer aquilo que gostava: desenhar, pintar.

Todavia, um golpe de sorte, um homem de blusão preto, uma pequena conselheira , a persistência combinada com a inteligência e a vontade de vencer, levaram-no a concretizar o seu sonho.

sábado, 8 de março de 2008

A Abelha Zulmira


A Abelha Zulmira


Em torno de uma abelha, personagem muito familiar dos leitores próximos de ambientes rurais, desconhecida e quase misteriosa para as crianças citadinas, Teresa Balté construiu uma cativante história de leitura muito fácil.
E qual será o jovem leitor que não quer saber como termina a aventura daquela abelha que, sem pedir licença, instalada no candeeeiro, vigia o almoço da família?

As Fadas



As Fadas

O poema ”As Fadas” é um magnífico legado de Antero Quental. Permite várias leituras, das mais superficiais, às mais profundas.

As vinte e três estrofes que compõem "As Fadas" surgem acompanhadas de ilustrações sugestivas.
O leitor pode escolher a(s) Fada(s) da sua preferência e com ela(s) voar pela imaginação, até onde a sua criatividade o levar, visto que:
" As fadas...eu creio nelas!
Umas são moças e belas,
Outras, velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras, pelos arvoredos,
Outras, à beira do mar...
Algumas em fonte fria
Escondem-se, enquanto é dia,
Saem só ao escurecer...
Outras, debaixo da terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder..."
E o leitor pode seguir-lhe os passos e acompanhá-las pelos locais de eleição.

O macaco de rabo cortado


O macaco do rabo cortado


Numa edição escolar, publicada na colecção ”Histórias Tradicionais Portuguesas Contadas de Novo”, publicação da Editora Civilização, António Torrado, apresenta às crianças de hoje, histórias de outrora.
Aconselha-se esta leitura aos mais novos e aos educadores que gostam de ler com os seus jovens.
E, para os jovens ou educadores que o pretendam, o livro apresenta, no final, a partir da página 12, uma série de actividades sobre a história e não só, destinadas a promover competências a nível da Língua Portuguesa.

Uma Vida Melhor


UMA VIDA MELHOR

Alçada Baptista, faz uma crítica à privação da liberdade individual. Na personagem do Luisinho, o Dr. Luís, o autor critica o facto dos pais se considerarem com o direito de determinar o futuro dos filhos, não lhes deixando margem para escolhas pessoais.
Com efeito, Alçada Baptista, mostra como foi a família que decidiu que o Luisinho "devia ser doutor” e que deveria “levar tudo a sério”.
Denuncia a imposição do formalismo da correspondência e da obrigatoriedade do uso de vocabulário preciso, adequado ao nível social.
Esta é a temática de um livro, sem dúvida interessante, testemunho de uma determinada forma de pensar e de estar; capaz de permitir várias leituras, de acordo com a época, para a qual o leitor se transporte.
Cabe ao leitor, escolher a perspectiva em que pretende colocar-se, sem perder a sua liberdade crítica.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

TCHIM...

TCHIM...



Dois livros de leitura muito fácil, da autoria de Graça Gonçalves. Aqui os afectos e a ternura são uma constante. A autora mostra como se pode cair num fosso irreversível por falta de esclarecimento e prudência.

Leitura informativa

Leitura Informativa , uma dupla fonte de prazer!



Incentivar a ler, pelo prazer de ler é objectivo confesso deste blogue. No entanto, o leitor lê por muitas razões e uma das mais frequentes é a busca de informação, a procura de respostas para inquietações, muitas vezes, difíceis de partilhar com aqueles com quem convive.

Publicados pela ASA, os dois volumes acima reproduzidos atraem, certamente, a atenção dos adolescentes, que aí podem encontrar, em discurso adequado às suas idades, respostas correctas para questões que os atormentam ou que lhes despertam a curiosidade.

Em...


....os leitores mais jovens encontram resposta para algumas questões relativas às transformações que o corpo sofre na passagem da infância para a adolescência e que nem sempre ocorrem isentas de angústias e sofrimentos.

Nestes livros, o leitor encontrará ainda abordagens à sexualidade e aos afectos.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Aquela nuvem e outras


Aquela nuvem e outras


Uma colectânea de poemas de grande simplicidade, todos eles dedicados a uma criança, um filho, que cresce sob o olhar atento de um homem capaz de combinar a generosidade com o talento de brincar com as palavras. Eugénio de Andrade, o poeta, que um dia, escreveu:

«- É tão bom ser nuvem,
ter um corpo leve,
e passar, passar.»

in “ AQUELA NUVEM”
Poesia para os mais novos, com ilustração de Júlio Resende.

Do Tamanho do Coração




DO TAMANHO DO CORAÇÃO


Pedro Veludo, escreveu estas histórias engraçadas para crianças, que até podem dar que pensar a adultos.
Em “JOANA E O LÁPIS AMARELO”, o adulto pode descobrir uma menina teimosa que se recusa a desenhar uma bandeira ou uma escola, representada pela professora, apostada em ”matar” a criatividade.
Cabe ao leitor descobrir esta e outras tantas perspectivas de leitura.

Os miúdos da Ucha


Os miúdos da mata da Ucha



Com um diálogo vivo e simples, Maria Natália Miranda, dá a conhecer as qualidades de Dália e Nuno. Mostra como os dois irmãos, criados em liberdade, percorrem, diariamente, a mata, reconhecem a fauna e a flora e aprendem a amar e respeitar a Natureza.
Com Dália e Nuno, o pequeno leitor fica a saber que até na mata o homem opera transformações e conhece o processo da recolha da resina.
Infelizmente, Dália e Nuno confrontam-se com um acto destruidor da mata: fogo posto.
Descobrem o responsável. Corajosamente, confrontam-no com o maléfico acto, para, em seguida, darem um eloquente testemunho de tolerância, aceitando que o Zé da Boiça se redima, transformando-se ele próprio num protector da Natureza.

OS MEUS AMIGOS


OS MEUS AMIGOS


António Torrado reúne histórias para os mais novos.
Os títulos são sugestivos e as imagens simples e engraçadas. Desstas histórias, de leitura fácil, pode o leitor escolher apenas uma, dado que não há ligação directa entre elas. É só escolher:
“ O Meu Amigo Patinador”
“ O Meu Amigo Pescador”
“ A Minha Prima Elisa “
ou “ O Meu Amigo Almiro.

domingo, 27 de janeiro de 2008

A Gaveta das Histórias


A Gaveta das Histórias



Esta é mais uma obra da autora Maria Alberta Menéres. Ao longo do livro, encontramos pequenas histórias muito deliciosas e cheias da simplicidade e ,ao mesmo tempo,sabedoria da natureza.
Para o leitor que gosta de ler por poucos minutos, estas aventuras são recomendadas.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Ulisses


Ulisses


Maria Alberta Menéres conta, para crianças, a fascinante história de Ulisses, o aventureiro herói, cujas façanhas foram narradas pela primeira vez, por Homero, na Odisseia.
Seguir Ulisses de Ítaca a Tróia, onde a imaginação o levou a construir um engenhoso cavalo de madeira para, no seu gigantesco bojo, se esconder com os seus companheiros, enganar os troianos e salvar Helena; iniciar com ele a viagem de regresso e com ele reviver as peripécias que o esperavam na Ciclópia, na Eólia, na Ilha de Circe, na Ilha dos Infernos e no Mar das Sereias até chegar à Córcira, torna-se hilariante.
Regressar a casa com Ulisses e assistir ao reencontro do herói com Penélope e Telémaco, já adulto, é simplesmente maravilhoso.

AVÓS


AVÓS

Tradução de Alexadre Honrado

Colecção: Livros para sonhar



Uma história infantil.
Manuel, talvez incentivado pelas lembranças do passado, desafia Manuela, a sua mulher, para irem ao baile. Esta comenta que já não têm idade… Já são avós!
O avô insiste.
A avó Manuela enumera as fragilidades que a idade lhe trouxe e lamenta ter-lhe roubado a beleza de outrora.
Mas, Manuel, sempre terno e delicado, demonstra-lhe, carinhosamente , que envelhecer é natural, que a beleza reside no coração.
Os Avós vão ao baile e divertem-se, prova que é possível ser meigo, terno e feliz mesmo na velhice.

( Leitura das alunas Patrícia Prieto e Sara Santos)

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

A Malta do 2º C


A Malta do 2º C



Catarina da Fonseca, em " A Malta do 2º C" dá a conhecer as vivências normais de uma turma , em que os alunos que se encontrem numa faixa etária próxima da dos personagens desta história, se podem reencontrar.

Foca as relações entre pares e o modo como os alunos apreciam ou depreciam os professores, os rotulam e com eles se relacionam; dá a conhecer, através de discurso implícito ou explícito, o que os levam a criar modelos individuais e/ou colectivos de percepção da realidade que a vida escolar constitui.

E, por fim, com a visita dos alunos à "Outra", deixa patente a relação afectiva, que se estabelece entre alunos e professores.

Este livro valeu à autora o PRÉMIO INASSET.

Ao leitor jovem, aquele que passa muitas e muitas horas na Escola, poderá ajudá-lo a compreender, um pouco melhor , situações frequentemente vividas na turma.

Àqueles que vivem mais afastados do ambiente escolar, o livro proporciona uma interessante abordagem a esse mundo - ora maravilhoso, ora nem tanto - do qual as nossas crianças todos os dias levam para casa um retalho, às vezes astuciosamente escondido no fundo da mochila.